segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A bomba relógio Chinesa



Vendo as revoltas populares contra regimes ditatoriais no norte da África e no Oriente Médio, é inevitável olhar um pouco mais ao leste e ver a China como bola da vez.

O fator principal de uma revolta, vem da insatisfação popular. Essa só pode ser causada através de uma análise comparativa. Os países árabes vêem a riqueza alheia e se perguntam por que devem sofrer na miséria. Em pouco tempo esse sentimento vai crescendo e a revolta torna-se inevitável. Claro que o manual de Gene Sharp também ajuda muito.

O controle de informação pelo governo consegue retardar esse combustível, mas numa época onde a informação viaja digitalmente para a palma de nossas mãos, esse controle vai ficando cada vez mais difícil. Os cidadãos/súditos estão espiando a grama do vizinho com facilidade. Quando a grama de casa começa a amarelar, seja por uma crise ou má gestão do governo, o fogo queima rápido.

O exemplo chinês ainda deve demorar cerca de 20 anos, mas não há como negar sua inevitabilidade. Mesmo com crescimentos de 8% em sua economia, ainda existe uma disparidade muito grande entre as populações rurais e urbanas chinesas. O dinheiro está fluindo, mas de forma concentrada, como se espera em uma ditadura. É uma questão de tempo até que a população se revolte contra o governo.  Quando isso ocorrer, essa revolução seguirá a mania de grandiosidade chinesa. Estamos falando de 1 bilhão de pessoas se revoltando. É tragédia certa, mas no final os tanques serão engolidos.

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