sábado, 14 de agosto de 2010

O fim do papel

Por Marcio Nejaim

O fim está próximo. A mais antiga das mídias ainda tem um bom tempo pela frente, mas a popularização dos e-readers e e-books avança inevitavelmente nesta direção. Assim como o betamax, o cds, os dvds e até o jovem blu-ray, o nosso bom e velho papel vai ceder à digitalização das mídias.

Assim como o mercado da música foi revolucionado pela dupla mp3+ipod, os livros digitais e os e-readers vão transformar a maneira de ler atual. Quem já manuseou uma revista colorida na tela de um Ipad sabe do que estou falando.

Convenhamos, a praticidade de armazenamento de milhares de livros em um dispositivo que cabe no bolso é uma vantagem imensa. Mas as vantagens não param por aí. A distribuição é instantânea, livros são baixados direto da internet em segundos e a um custo menor do que a versão impressa.  Se seu dispositivo der problema, todos os seus pertences terão uma cópia de segurança online. Falta o cheiro de papel e a tela iluminada cansa um pouco mais a vista, mas é um preço baixo a se pagar na opinião da maioria dos usuários.

A facilidade de distribuição vai abrir caminho para diversos nichos de mercados inviáveis na distribuição física. Veremos autores e livros lançados apenas digitalmente e com uma boa parcela de leitores. Os economistas chamam esse efeito de aumento da eficiência dos mercados, pois novos negócios estão sendo criados onde antes não havia nada.

Além  desse estímulo ao surgimento de novos autores, a digitalização das mídias também abre a possibilidade de redução nos preços. Por enquanto os valores dos downloads ainda são relativamente caros, mas  o desenvolvimento de novas formas de  distribuição e marketing nesse novo mercado, tendem a derrubar as margens dos atuais distribuidores.

Nós podemos até achar a idéia de ler em uma tela cansativa e desconfortável, mas nossos bisnetos não vão entender como seus avós carregavam uma biblioteca para a sala de aula.

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