domingo, 7 de novembro de 2010

Risco moral



Durante a mais recente crise, discutiu-se muito a questão do risco moral nos EUA. O risco moral é o risco que se cria quando se ajuda uma empresa "grande demais para falir". Tal atitude pode gerar a tendência da direção da empresa agir irresponsavelmente, confiando no socorro do Estado em última instância.

De fato a falência de empresas como estas geraria um caos social gigantesco, mas é justo os contribuintes estarem bancando essa conta ? Qual o ganho para eles na existência de empress "grandes demais para falir" ?

No livro "A Economia das Crises", de Nouriel Roubini e Stephen Mihm, encontrei uma comparação interessante:

"...vamos partir do princípio de que os megabancos possam oferecer serviços com um pouco mais de eficiência do que instituições menores. Mesmo que isso fosse verdade - o que não é - vale a pena perguntar se essas pequenas eficiências justificam deixar um sistema financeiro global refém dessas instituições gigantescas, cuja falência pode ter efeitos catasróficos. Por essa lógica compensa construir uma usina 100 vezes maior que Chernobyl só para ter ganho de escala. É simpático, até que haja um acidente nuclear."

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